Dois vídeos tugas cheios de letra

Os vídeos musicais textuais (ou lyric music videos) começam a ser um caso sério em Portugal. Como é óbvio, este subgénero videomusical não funcionará para qualquer canção ou sequer projecto musical, mas os dois exemplos recentes que vos trago aqui são uma bela demonstração das potencialidades do formato.

O primeiro é uma bela tipografia cinética realizada por Joana Faria para o novo tema dos Diabo na Cruz e a coisa funciona tão bem que já me apanhei a cantarolar o tema no carro com as imagens do vídeo a invadirem-me a cachimónia. O tema presta-se muito a este tipo de tratamento visual devido aos trocadilhos, às rimas internas e, claro, ao ritmo com que o Jorge Cruz debita uma letra que agarra bem o Zeitgest actual do nosso país.

Coisa bem distinta é a proposta dos Clã e do realizador Victor Hugo Pontes em que o formato textual é um mero pretexto para um genuíno exercício coreográfico filmado num único take que faz, de imediato, recordar a perícia dos Ok Go (e o Hélder Gonçalves está mesmo super-parecido com o baixista da banda norte-americana). Está a ser giro acompanhar esta aventura dos Clã na promoção do seu novo disco: estão a arriscar e, pouco a pouco, a tentar sair da sua zona de conforto. Espero ansiosamente pelos novos capítulos.

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